por Lo-Chi
Ananás pequeno e doce/ sabe ser, como se fosse/ fruta
descascável, suculenta/ e desejável, a eito/ da noite ao amanhecer/ que jeito,
que peito/… um confeito.//
Sabe hastear a bandeira/ com amor a pátria./ Uma
pátria almíscar/ em maré cheia, sabe receber/ imergindo devagar/ um banho
ondulado, vai e vem/ como convém.//
Emergido, bronzeado, em gemido/ oleado, mastro lastro/
loucura e travessura, grito surdo/ reprimido, pátria amada/ plena de aventura,
se flui no instante,/ um século,/ sonho havido, desejo infante.// Pátria amada,
solo térreo/ canto de fada, mergulho/ desaguar de um rio/ bandeira de orgulho./
De repente, sente/ a maré se arrebenta, na areia/ desatenta, se entrega, se
semeia / ao sol ou a lua desfalecida/ a espuma, nívea se esfuma./
Esvaída na praia/ pátria amada serena/ sonolenta
desmaia/ paisagem linda, de brisa esculpida/ toda nua despida, que pinta.
In "Retraro de mulher"
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