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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O complexo napoleónico, contrariado

No permeio de suras, papos e cafutchêtchês
email: suraspapos@­gmail.com
por Lo-Chi


O complexo napoleónico, contrariado



Não apenas na física, estudamos o princípio da atracção dos contrários, onde vimos que o polo negativo atrai o positivo, mas também em filosofia, no materealismo dialéctico, falamos na unidade dos contrários, e parece que, no fundo bem no fundo, a vida se vai regendo por esse princípio, e até nas pessoas, se vê a rodo, feios se casando com bonitas, mulheres atraidas por homens, matrecos com as do espírito aberto, straights com speeds, velhos se engraçando por adolescentes,  coisas lógicas e outras absurdas, um pouco ou muito, encobertas ou justificadas no princípio da atracção dos contrários.

Ao que parece, o único que resiste a unidade dos contrários, e se rege tão dialecticamente quanto não parece, é a raça. Dialecticamente unidos na repulsa: o branco e o preto.

A propósito dos  contrários, confesso que durante largo tempo, eu que sou de uma altura muito para além do médio, logo, alto de verdade, tive a tendência de me apaixonar por mulheres baixinhas. Mas depois me perdi, e andei por todas: largas, magras, baixas, altas. Fui tentando contrariar o princípio.

 Mas, se o princípio até é comprovado, em diversas matérias e ciências, mas o que parece trazer, como se absurdo, a reacção, mais de inveja do que de simples satirização, de incredulidade, é quando o contraste do homem focado, nesse caso, é mulher que tenha um corpo de parar o trânsito. Vem logo um, com tamanha dor, naquela parte de osso chamado cotovelo, com o típico comentário: será que este tipo tem pedalada para aquela bomba, terá unhas para tamanho avião? Quantas vezes, não na dúvida, mas  na certeza, explanada não na pergunta, mas na afirmação negativa!!!

E na esteira desse tema, estava uma vez, numa larga conversa, numa roda enorme de amigos, de entre os quais, uma latina-americana gozona para caramba, e drenava-se, no entretanto, o comentário de uma paixão de um baixinho, com tendência para o anão, por uma madame, largamente mais alta, não apenas do que ele, como do comum ; e alguém falava do complexo napoleónico dessa relação, e o amigo do baixinho, falava da naturalidade da paixão do visado, e a matreira da latina, vira-se para o defensor que por sinal também era baixinho, e diz, calma e suave, de tal jeito que bateu em mim, conhecendo-a como a conheço, que trazia água no bico o que vinha a seguir, Não, aquele teu amigo não tem complexo napoleónico, tens razão!, viu-se um clarão de esperança nos olhos do defensor, sustentando-se no sinal de apoio, ainda por cima, vindo de uma mulher, O teu amigo tem sim, fez um compasso a matreira malvada, é complexo de afogamento, e outro um pouco intrigado, Complexo de afogamento?!!, perguntou atónito, e quase gritávamos em coro, porque atónitos estávamos todos nós, esperando por uma nova teoria freudiana, e ela com aquela suavidade e ingenuidade dos de verbo acintoso, diz, Ya, isso, complexo de afogamento, porque ele sofre de um receio de, quando chover, se afundar nas poças de água, então aí, pensa que terá a esposa para  lhe levantar, e safar do  afogamento eminente .  Fico por aqui, e mais não digo, caros leitores,  porque se falar da imensidão da gargalhada tão sonora e escancaradamente emitida, estarei eu, na contigência de os baixos me  afogarem!






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