António Barros, Lo-Chi, Eduardo Constantino
As duas figuraças, que se publicaram através da
caneta emprestada a voz como profissão, um exclusivamente na Rádio Moçambique,
o outro um pouco mais prostituído, profissionalmente falando, claro esteja,
acabou passando da voz à imagem, e agora numa espécie de pausa que se impôs.
Não é para qualquer um. O primeiro, terceiro na imagem, conheci-o em Nampula,
onde fomos trocando uns alós informais, e o tempo lhe foi dando um carácter
mais informal ainda nos desembrulhos do dia a dia, até que desformalizamos por
completo, fruto de vários cruzamentos, apesar do seu público ser de âmbito
nacional, respeito é bom e ele gosta, ja que Secretário Nacional do Sindicatos
dos Jornalistas. E hoje já fazemos essa parceria público privada. O outro, com
um sorriso meio comprometido por circunstâncias que a imagem revela, a nossa
relação vem de outros carnavais, onde brincávamos, joelhos negros e calejados,
nos murrôtôs* do Macuse e não só. Se de amizade imperturbada se pode falar, não
o façam, apontem para nós, já que um facto não é tergiversável: quarenta e dois
anos de percurso em comum, feito de solidariedades, partilhas e comunhão de
aventuras, dores, prazeres e momentos difíceis da vida. Acho tanto quanto
baste! E eu, o privado, levaram o meu estatuto à letra e quase que me
domiciliavam na privada- no sentido brasileiro do termo- e em consequência,
quando as senhoras se sentiam no aperto, tinham que me pedir autorização,
confundidas, pela minha localização, que lhes induzia à suposição de eu ser o regulador
do w.c.., vê se pode!?
* mangais em língua chuabo
Gostei da imagem,bem com do conteudo do texto que a acompanha,e tive pena de virtualmente nao ter participado no convivio.
ResponderEliminarCoisas da vida,mas estamos juntos.
Abraço amigo.
H.P.