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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Uma figura privada no meio de duas figuras públicas

Por Lo-Chi




                                                      António Barros, Lo-Chi, Eduardo Constantino

As duas figuraças, que se publicaram através da caneta emprestada a voz como profissão, um exclusivamente na Rádio Moçambique, o outro um pouco mais prostituído, profissionalmente falando, claro esteja, acabou passando da voz à imagem, e agora numa espécie de pausa que se impôs. Não é para qualquer um. O primeiro, terceiro na imagem, conheci-o em Nampula, onde fomos trocando uns alós informais, e o tempo lhe foi dando um carácter mais informal ainda nos desembrulhos do dia a dia, até que desformalizamos por completo, fruto de vários cruzamentos, apesar do seu público ser de âmbito nacional, respeito é bom e ele gosta, ja que Secretário Nacional do Sindicatos dos Jornalistas. E hoje já fazemos essa parceria público privada. O outro, com um sorriso meio comprometido por circunstâncias que a imagem revela, a nossa relação vem de outros carnavais, onde brincávamos, joelhos negros e calejados, nos murrôtôs* do Macuse e não só. Se de amizade imperturbada se pode falar, não o façam, apontem para nós, já que um facto não é tergiversável: quarenta e dois anos de percurso em comum, feito de solidariedades, partilhas e comunhão de aventuras, dores, prazeres e momentos difíceis da vida. Acho tanto quanto baste! E eu, o privado, levaram o meu estatuto à letra e quase que me domiciliavam na privada- no sentido brasileiro do termo- e em consequência, quando as senhoras se sentiam no aperto, tinham que me pedir autorização, confundidas, pela minha localização, que lhes induzia à suposição de eu ser o regulador do w.c.., vê se pode!?

* mangais em língua chuabo